O QUE É UMA ALDEIA ?

As Aldeias são mostras de arte e cultura organizada pelos Departamentos Regionais do Sesc durante a passagem de espetáculos do PALCO GIRATÓRIO por seus territórios, de modo a garantir que os trabalhos selecionados pela curadoria dialoguem com a produção dos estados. Com o objetivo de estimular a produção e o consumo dos bens culturais, as Aldeias reafirmam assim o compromisso do Projeto com o fomento a uma política para a produção e a difusão das artes cênicas em âmbito nacional. As aldeias visam fortalecer os laços comunitários de artistas, espectadores e produtores, buscando inovar e diversificar o circuito cultural brasileiro. 


Por que “Aldeia”?

Sobre o conceito de Aldeia, Sidnei Cruz descreve no livro “Palco Giratório: uma difusão caleidoscópica das artes cênicas”:

ALDEIA é o embrião comunitário necessário para germinar o sentimento de pertencimento e cidadania cultural, uma micro-organização comunitária capaz de promover a integração entre diferentes segmentos sociais de uma determinada localidade, construindo uma espécie de poder local, ou melhor, um território cultural. (2009, p. 51)
A ALDEIA é um conceito de territorialidade que conjuga espaço, desenvolvimento, comunidade, mercado de bens culturais. (2009, p. 52)
As ALDEIAS formam uma rede de pequenos mercados autônomos, verdadeiros postos de trocas onde são encontrados, predominantemente, serviços e bens culturais originais e singulares, não produzidos em série ou copiados. São laboratórios de pesquisa e desenvolvimento, veias comunicantes do sistema produtivo ao mesmo tempo em que são também organizações espaciais da atividade produtiva em artes cênicas para o crescimento da oferta de produções locais. (2009, p. 53)

Sidnei Cruz ( Trecho do artigo “Mostra Sesc Cariri de Cultura: Gestão e Desenvolvimento Local”, in “ Politicas Culturais: Teoria e Praxis”; org. Lia Calabre. São Paulo: Observatório/ Itaú Cultural; Rio: Edições Casa de Rui Barbosa. 2011

Por que Aldeia Guajajara

Guajajara significa "donos do cocar” e representa um dos povos indígenas mais numerosos do Brasil. Sua história de mais de 380 anos de contato foi marcada pela força, resistência e busca incansável pelo reconhecimento e espaço de afirmação, assim como a luta da classe artística do Maranhão.